domingo, 30 de abril de 2017

O Cão de Castro Laboreiro

🇵🇹《Cão de Castro Laboreiro》 
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"O Cão de Castro Laboreiro tem um passado, ainda está presente e merece um futuro." 

O nome "Cão de Castro Laboreiro", refere-se a uma pequena cidade, ou vila portuguesa do concelho de Melgaço, situada na Serra da Peneda, planalto de Castro Laboreiro, no extremo norte de Portugal. É uma região rústica e montanhosa, que vai do Rio Minho para as montanhas Peneda e Soajo, com altitudes de aproximadamente 1.400m. É delimitada pelos rios Minho, Trancoso, Laboreiro e Mouro.

Agora Castro Laboreiro é uma paróquia na área urbana de Melgaço. Encontra-se nas mesmas montanhas que o Parque Nacional da Peneda-Gerês.


O Cão de Castro Laboreiro é uma das mais antigas raças da Península Ibérica, descende de um tipo muito antigo de molosso, que trabalhou com os pastores de gado nas montanhas, defendendo-os contra lobos e outros grandes predadores.

É uma raça considerada rara, sendo relativamente pouco conhecida. Na sua região de origem é cada vez menos utilizada, em virtude da diminuição dos rebanhos, apesar de continuar a proteger as manadas de gado bovino. É um cão ativo que está sempre alerta e em virtude do seu menor porte comparada a outras raças portuguesas, demonstra uma grande agilidade.

A origem do Cão de Castro Laboreiro perde-se na neblina imemorial do tempo. Embora muitas lendas sejam dadas, a origem ninguém a conhece. O clube da raça portuguesa observa que "tudo o que é escrito sobre as suas origens é pura ficção, sem qualquer precisão científica ou histórica... os dados são raros ou não existem... a maioria das raças de guardiães e pastores não têm registos antes de 1900". 

Em 1920, o jornal de Castro Laboreiro, "A Neve", publica anúncios de interessados em comprar cães de Castro Laboreiro, “da verdadeira raça”, como referem. Em 1935 o veterinário Manuel Marques, pioneiro da canicultura em Portugal, acompanhando as modas da Europa, desloca-se de Lisboa a Castro Laboreiro, elabora e publica o 1º Estalão da raça, provavelmente o documento produzido mais importante para a raça até aos dias de hoje.

Há menções do Castro Laboreiro no século XIX (1800), mas nenhuma antes de 1800. O notável escritor Camilo Castelo Branco no seu livro A Brasileira de Prazins (1882) menciona "os cães de Castro Laboreiro, muito feroz..." (referindo-se a fatos ocorridos por volta de 1845), época em que conhece a raça, e eterniza-a, enaltecendo as suas qualidades de guarda e de fidelidade aos donos. 

Nesta altura ainda não existe Canicultura em Portugal, mas os vários registos escritos, já referem claramente o Cão de Castro Laboreiro como raça.

No século XIX, o Cão de Castro Laboreiro devido à sua singularidade e grande homogeneidade, era já referida como raça antiga, apesar do conceito de raça, tal como hoje o conhecemos, ser bastante recente. A maior parte das raças de guarda e pastoreio não apresentam registos anteriores a 1900. Muitas foram mesmo criadas pela canicultura, no final do século dezenove (pioneiros: Alemanha e Inglaterra) e já durante o século vinte, normalmente oriundas de populações de cães de trabalho existentes em determinada regiões. Não existem registos documentais conhecidos sobre a raça Cão de Castro Laboreiro, anteriores a 1800. 

Considera-se que a sua origem foi na Mesopotâmia onde ovinos e cabras modernos foram domesticados. Estudos genéticos modernos têm demonstrado que a raça moderna é única entre outras raças semelhantes em Portugal e no futuro, os estudos de DNA podem fornecer mais evidências sobre os movimentos dos tipos antigos a partir dos quais a raça moderna se desenvolveu. 

A desertificação da região e o abandono da pastorícia tradicional, levou ao quase desaparecimento desta raça autóctone.

A realidade de extinção desta nobre e antiga raça Portuguesa não é de agora, pois sempre foi uma raça pouco conhecida e pouco divulgada no país e no estrangeiro. O número de exemplares desta raça não excede 500 no mundo inteiro. 

Hoje a maioria dos cães desta raça é mantida como cão de companhia e de proteção. Foi exibido pela primeira vez em uma exposição de cães em 1914. Desde o seu reconhecimento oficial em 1935, pelo Clube dos Caçadores Portugueses, posteriormente Clube Português de Canicultura (CPC), a raça encontra-se ou em estado crítico ou ameaçada de extinção segundo os parâmetros internacionais da FAO.

Com a erradicação de lobos e outros grandes predadores, o Cão de Castro Laboreiro perdeu seu uso original. Mudanças nos métodos agrícolas nos últimos cem anos conduziram a muitos destes cães que estão sendo abandonados, voltando a ser selvagens e transformando-se em um problema para aqueles que criam gado e cavalos.

O Cão de Castro Laboreiro é conhecido pela sua rusticidade, caráter e nobreza. 

Um grupo de criadores e apaixonados da raça, de diversos pontos do país, conscientes do perigo de extinção deste animal dócil, valente e extraordinário guarda, fundaram em 20 de Outubro de 2006 a Associação Portuguesa do Cão de Castro Laboreiro, (APCCL) com sede na própria freguesia de Castro Laboreiro, que conta entre os seus fins: “a defesa, preservação, seleção, promoção, divulgação e valorização” daquela raça autóctone ancestral.

A Associação é constituída atualmente por trinta e três sócios, contando-se entre eles alguns estrangeiros. A APCCL, pretende colaborar estreitamente com o Clube Português de Canicultura e outras instituições da canicultura nacional e internacional.

Dada a atual situação crítica da raça, tanto em quantidade (dados populacionais) como em tipicidade (características étnicas/fenotípicas), é urgente unir esforços e informação de forma a trabalhar com instituições e criadores com o objetivo único de conhecer, recuperar, multiplicar e divulgar o que de melhor comporta a raça.



Referências:




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Altura na cernelha: 
Machos: 58 – 64 cm (com tolerância de + 2 cm). 
Fêmeas: 55 – 61 cm (com tolerância de + 2 cm). 

Peso: 
Machos: 30 a 40 kg. 
Fêmeas: 25 a 35 kg 


Padrão Oficial da Raça CÃO DE CASTRO LABOREIRO:



sexta-feira, 28 de abril de 2017

O Cão de Gado Transmontano – A Maior Raça Autóctone Portuguesa.

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🇵🇹《Cão de Gado Transmontano》 


Uma raça autóctone portuguesa com certeza. O Cão de Gado Transmontano, é uma raça natural de Portugal, que ajuda pastores há mais de 10 mil anos.

É um cão de guarda de rebanhos de ovinos e caprinos, com algumas características comuns aos chamados “mastins ibéricos” e pertencente ao ramo dos “molossóides”. 

Tem marcas que o permitem reconhecer como único, tamanho, robustez, velocidade, tranquilo e firme, olhar profundo e meigo. 

Desde há muito que é companhia de pastores, por terras transmontanas, defendendo-os e aos rebanhos do ataque dos lobos. 

Perfeitamente adaptado às características do território e da função que desempenha, é um cão de dimensão considerável, forte e rústico, de porte altivo, olhar sóbrio e andar ligeiro, com um temperamento dócil e reservado.

Pode ter origem na Ásia Menor, acompanhando os povos pastores nas migrações que decorreram a partir do Neolítico.

Uma raça canina que é um patrimônio nacional em Portugal, indissociável da atividade tradicional de pastoreio.

Através da utilização do Cão de Gado Transmontano tem sido possível evitar que aconteçam ataques de lobo aos rebanhos permitindo a sustentabilidade do pastoreio e simultaneamente a preservação de um elemento emblemático do patrimônio natural do país – o lobo-ibérico.

50 exemplares de Cão de Gado Transmontano estiveram reunidos na exposição monográfica que decorreu em Bragança, onde participam exemplares oriundos de todo o país. Cada vez mais existem criadores e exemplares fora da região de Trás-os-Montes, o que tem ajudado ao aumento em quantidade e qualidade desta raça, mas muito ainda existe a fazer.

O Cão de Gado Transmontano é reconhecido como raça autóctone portuguesa há 13 anos (Abril 2004), apesar de existir desde sempre.

O Cão de Gado Transmontano é originário de uma área geográfica que corresponde essencialmente a Trás-os-Montes. É uma região extremamente rica do ponto de vista paisagístico, onde, em distâncias curtas, você pode ver um conjunto de ecossistemas naturais e semi-naturais, sempre diferentes, que dão a esta área a aparência de um mosaico de paisagens permanente. 

Esse trecho da história desta raça magnífica foi retirada do site oficial do Clube Português do Cão de Gado Transmontano CPCGT: 
http://cp-caodegadotransmontano.com/…/cao-gado-transmontano/

Altura: 
Machos: 75 a 85 cm.
Fêmeas: 68 a 78 cm.


Peso:
Machos: 60 a 75 Kg.
Fêmeas: 50 a 60 Kg.


Mais informações e fotos desse belíssimo animal você encontra na página do Facebook do Cão de Gado Transmontano do meu amigo Pedro Maurício, que faz um excelente trabalho de divulgação do Cão de Gado Transmontano, o maior espécime em seu país. Está maravilhosa raça está em processo de reconhecimento pela FCI:
https://www.facebook.com/ClubPortuguesCaoGadoTransmontano/

#cpcgt #caodegadotransmontano
#cgt #clubeportuguesdocaodegadotransmontano
www.cp-caodegadotransmontano.com

O Cão de Gado Transmontano faz parte da "história viva da região, consulte mais sobre o Cão de gado transmontano, que acompanha o pastor desde o neolítico: http://portocanal.sapo.pt/noticia/97677
http://www.sinal.tv/videos/cao-de-gado-transmontano-acompanha-pastor-ha-mais-de-10-mil-anos-1469491200

A seguir fotos do Cão de Gado Transmontano do Site Oficial do Clube Português do Cão de Gado Transmontano:

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As fotos a seguir são do site da Associação de Criadores de Cão de Gado Transmontano (ACCGT):.

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As fotos e vídeos a seguir foram encontrados na internet, em diversos sites diferentes, e se for possível identificar os proprietários, serão feitas as devidas referências: 
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As imagens a seguir são de Pedro Maurício e do Solar de Rebolim - Cão de Gado Transmontano: 

Fotos do Concurso "O Cão mais Português de Portugal". 
Nome: Careto
Raça: Cão de Gado Transmontano
Proprietário: Pedro Mauricio
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Nome: Carocha
Raça: Cão de Gado Transmontano
Proprietário: Pedro Mauricio
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Foto Ana Catarina Alves


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Máscaras. Masks. Cão de Gado Transmontano. Transmontano mastiff — em  Solar De Rebolim:
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Estalão definitivo da raça desde 2012:
http://racas.cpc.pt/1/gadotransmontano_pt.html