sábado, 20 de maio de 2017

Il Mastino Napoletano - Neapolitan Mastiff

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 《MASTIM NAPOLITANO》

Na Itália é conhecido como Mastino Napoletano, traduzido para o português como Mastim Napolitano. Nos Estados Unidos o tratam de Neopolitan Mastiff, na França de Mastim a Nâmples, na Espanha de Mastín Napolitano. Para alguns entendidos, eles poderiam ser descendentes diretos dos Molossos tão apreciados pelos gregos e pelos romanos.

Diversos livros documentam que ele descende do Dogue do Tibete através dos grandes Molossos romanos descritos pelo agrônomo Columela no século I. O Molosso Romano, um cão utilizado pelas tropas romanas em sua conquista do mundo, foi difundido por toda a Europa pelas legiões de Roma, com as quais ele combateu. Também foi utilizado para os jogos de circo, onde combatia nas arenas. Gerou várias raças de mastins dos outros países europeus. Sobreviveu durante longos séculos, principalmente graças à introdução de sangue novo dos Dogues espanhóis. Em 1947 foi novamente selecionado. É citado em alguns livros como um dos cães mais antigos da Europa. 

Existem correntes de cinófilos que tentam esclarecer a origem do Mastim Napolitano. Alguns acreditam que a raça seja descendente direto dos molossos romanos, usados pelos exércitos romanos nas guerras contra seus inimigos. Os primeiros Mastins ou Mastiffs asiáticos teriam sido trazidos à Grécia por Alexandre, o Grande, levados para Roma, utilizados exaustivamente em combates e guarda pelos romanos.

Há alguns registros de sua passagem por terras britânicas seguindo os exércitos de Júlio César que rapidamente descobriu nesta corpulenta e imponente raça, a sua bravura e espírito de combate. Ao longo dos tempos foi sendo apurada tendo a sua evolução marcante na Grã-Bretanha onde também reivindicam a origem desta raça. Afirmam que a raça tenha sido originada do cruzamento entre os molossos romanos e os Pugnaces Britanniae, trazidos da Inglaterra pelos soldados romanos.

Outra teoria diz que os ancestrais do Mastim Napolitano chegaram à Inglaterra trazido ao Mediterrâneo em navios fenícios, há milênios e de lá se espalharam pela Europa. 

Além destas probabilidades, há de se considerar que estes possam ter sido transportados pelos Fenícios até as costas da Itália, isto em tempos remotíssimos. Dentro desta hipótese, prevalecem as teorias que dizem que os Mastins sejam mais velhos que os Mastiffs. Assim, o Mastim teria primeiramente se espalhado pela região onde fica a Itália para depois ser exportado para a Ilha Britânica. 

Estas suposições têm em comum a crença de que o progenitor do Mastim seria um cão de características molossóides que viveu no Tibete. Por outro lado, muitos estudiosos discordam desta linha de raciocínio e investigam o passado do Mastim em cães europeus. 

Os egípcios nutriam grande admiração por este tipo de animal. Alexandre o Grande e mais tarde Xerxes foram proprietários de Mastins. Mais uma vez citando os conhecidos Fenícios, estes em suas maratonas marítimas transportaram muitos destes animais também para a Pérsia, Assíria, Índia e Himalaia. Mais tarde, os romanos simpatizaram com este elementos e passaram a utiliza-los nas arenas para participarem de sangrentos combates com leões ou mesmo para trucidar cristãos. Aproximadamente entre o período de 200 A.C. até 400 anos mais tarde, este animal passou a ser denominado de Molosser. Este animal, além de servir na função acima citada, também era utilizado em lutas contra outros Mastins e foram por longos anos utilizados nas guerras.Muitos foram os imperadores que tiveram um deste elementos junto a eles durante as suas campanhas guerreiras. Este cão era devidamente treinado e ensinado a dar combate a guerreiros, de tal forma que, quando ele atacava uma divisão inimiga, espalhava o terror e a destruição.

Além de possuir todo aquele corpo avantajado e pesado, costumavam colocar-lhes coleiras com pontas de ferro para ferir os inimigos. Inúmeras condecorações foram concedidas a família Mastim ao longo dos séculos. Entre várias batalhas em que este animal foi empregado, temos a citar por exemplo a invasão da Helvetia pela legiões romanas. Uma delas teria ocorrido por volta de um século A.C. A segunda guerra em que também participou este animal foi alguns séculos D.C. É evidente que neste período ele participou de muitas outras batalhas.

Entre todas as obras atuais existentes, aquela que trata com maior referência é a do Prof. Felice Cesarino "Il Molosso, Viaggio intorno al Mastino Napoletano” , editado pela Editora Fausto Fiorentino em 1995. Sem voltarmos para épocas mais remotas , existem notícias que os Sumérios se dedicavam à criação de cães de grande porte e potência que eram utilizados em combates contra os inimigos ou em caçadas contra os grandes mamíferos como os leões. Suas características principais eram: cabeça possante e volumosa, com focinho curto e de grande potência; membros fortes e possantes, suportados por uma ossatura de grande tamanho; tronco forte e sólido de tamanho muito impressionante. Este tipo de cão, de muita potência, devia encontrar suas origens mais remotas seguramente no Mastin do Tibet , que é o progenitor de todos os molossoides. Afirmação esta atestada por todos os grandes estudiosos da área.

Os Sumérios, povo tão misterioso e ao mesmo tempo tão culto e evoluído, em suas migrações haveriam levado para a Mesopotâmia esta raça, que sucessivamente tiveram na região entre os rios Tigre e Eufrates tanta sorte e consideração para encontrar representações em diversos achados arqueológicos expostos hoje nos mais importantes museus do mundo. É sabido que na Mesopotâmia , 2000 anos antes de Cristo, existiam grandes centros habitados nas quais eram criados estes grandes cães, utilizados sobretudo para defender a propriedade e também rebanhos dos ataques de leões que estavam presentes nesta época em todas estas regiões.

É óbvio portanto o interesse dos artistas da época por este cão que por suas ações entravam nas lendas populares. É desta época portanto que são feitas as primeiras representações históricas artísticas de arte Mesopotâmia que testemunham a presença destes cães.

As terracotas, já mencionadas, do Metropolitan Museum de Nova Iorque e outra do Museum of Art de Chicago representam com impressionante semelhança um cão muito próximo ao Mastim Napolitano.

Para se dar conta melhor das proporções e da potência destes cães, basta observar a terracota Assíria , mais nova que as precedentes, provenientes do IX século A.C. e conservada no British Museum of London que representa um cão conduzido pela coleira por seu proprietário. Esta obra, de excepcional interesse histórico e artístico (por isso é mencionada nos mais importantes textos científicos) nos permite ter algumas medidas ainda mais certas e precisas destes grandes molossos do passado. Primeiro de tudo: o tamanho na cernelha atinge a cintura de seu condutor, e portanto não devia ser inferior aos 80 cm; a cabeça, de grande volume e rica em ruga, com orelhas integras e inserção alta; a barbela é muito desenvolvida e começa das brânquias da mandíbula para acabar ao redor da metade do pescoço ; finalmente o tronco: ele é de grandíssima potência e de grande massa, é mais longo que a altura na cernelha e é sustentado por membros de ossatura muito potente com importantes diâmetros transversais.

Mas retornando à história, partindo da Mesopotâmia, estes cães foram erradicados certamente seguidos pela migração ou das guerras através do ocidente seguindo três diretrizes: uma mais ao norte, através da Grécia, da Macedônia e Albânia; uma mais ao sul através do Egito e da Líbia; e a terceira através da costa mais oriental da Bacia do Mediterrâneo, naquela que era a terra dos Fenícios. Esta seria uma passagem fundamental para o crescimento e expansão da raça em toda a Europa, e em particular na Itália.

Cães assim poderosos eram freqüentemente objetos de presentes entre os poderosos da época.

Alessandro Magno era orgulhoso de seus molossos, que lhes foram presenteados por um Rei, e o cônsul romano Paolo Emilio vitorioso com suas legiões nas regiões da Molossia levou para Roma alguns destes grandes cães para mostrar ao povo. O mesmo Júlio César, por volta da metade do primeiro século A.C., em sua campanha pela conquista da Britania, achou pela frente às próprias legiões de cães de grandíssimo porte e de grande coragem muito parecido com aqueles descritos, e que ele mesmo definiu como "Pugnaces Britanniae“.

Não é fácil chegar-se a uma conclusão a respeito dos verdadeiros caminhos trilhados pelo Mastim Napolitano até assumir as formas e a estabilidade de que ele desfruta em nossos dias. De maneira geral, todas as correntes acreditam que o Mastim colaborou para a constituição de muitas outras variedades de molossos, como o Cane Corso, o Rottweiler e o São Bernardo. 

Durante a II Grande Guerra Mundial, a fome se abateu sobre todos e não havia alimentação suficiente para o pesado mastim, que quase se extinguiu, sendo recuperando recentemente a sua presença no mundo cinológico. 

O Mastim manteve suas características desenvolvidas na região da Campânia, cuja capital é Nápoles. Conservou-se ao longo de vários séculos na região de Nápoles e arredores. O nome Mastim Napolitano surgiu em 1947, quando a raça passou a ser resselecionada. Em 1949, foi reconhecida oficialmente na Itália. 

Apesar da antigüidade, o mastim napolitano só foi reconhecido oficialmente como raça bem mais recentemente e esse feito deveu-se, especialmente, ao trabalho de seleção do escritor Piero Scanziani, que interessou-se pelos cães apresentados na 1ª Exposição Canina em Nápoles, onde ressurgiram oito belos espécimes da raça. Foi Piero quem iniciou um trabalho de seleção e em 1949, e conseguiu junto ao E.N.C.I. (Ente Nazionale Cinofilo Italiano) o reconhecimento oficial da raça, cujo padrão definitivo foi fixado apenas em 1971.

O seu tamanho colossal é a grande característica diferenciadora desta raça. A altura até a cernelha (junção do pescoço com o tronco do cão) é de 77 cm. Nasce com cerca de 500g e aos dois meses tem já uns surpreendentes 12kg, atingindo o seu auge físico aos 3 anos de idade, quando pode chegar a pesar até 85 quilos. O peso dos mastins depende, entre outros fatores, da zona de origem dos seus ascendentes. Em determinadas zonas da Itália, um mastino pode facilmente atingir próximo dos 100 kg de peso. 

A palavra mastim, em latim massivus , significa maciço. É uma boa descrição para este cão de grande porte, colossal e imponente. A sua cabeça é grande e maciça. O Mastim Napolitano tem nada mais nada menos que a maior cabeça da espécie canina. Seu aspecto é tão peculiar que é considerada a característica mais importante na raça. O crânio é extremamente largo e achatado entre as orelhas. O focinho muito grosso e curto colabora ainda mais para a aparência gigante. Sem falar das rugas abundantes e da pele solta ao redor do pescoço (barbelas), que lhe dão um ar feroz e primitivo. No meio de tantas rugas, há uma que é considerada marca registrada e um bom exemplar em tê-la: é aquela que sai da altura dos olhos e vai até o canto da boca, formando uma expressão para lá de carrancuda.

É apresentado nas cores cinza, cinza-chumbo e preto, com algumas pequenas manchas brancas no centro do antepeito e na ponta dos dedos como também, mogno, fulvo e fulvo avermelhado (cervo). No entanto, mancha branca no focinho é um fator de desqualificação.

Apesar do seu aspecto rude e colossal, o Mastim é um cão pacífico, bastante dócil, corajoso e fiel ao dono. Demonstra uma devoção extrema ao seu proprietário.







Mastino napoletano in una foto degli anni 50



























Fontes: 
Enciclopédia do Cão - Royal Canin

Um comentário:

  1. Muito lindão e grandão esse cachorro, nossa, fiquei impressionada.
    Neste website aqui eu vi muita coisa bacana sobre a raça também.

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