segunda-feira, 1 de maio de 2017

O Fila de São Miguel - “Cow Dog”

🇵🇹《Cão Fila de São Miguel》 



Para controlar o gado, o pastor tem no cão um fiel ajudante. 

São Miguel é a ilha principal do arquipélago dos Açores. O Cão Fila de São Miguel, é um símbolo dos Açores. O seu estilo de trabalhar é agressivo. A este pastor dos Açores, não lhe falta coragem. Os habitantes dos Açores têm um grande orgulho por esta raça. 

É uma raça de cão de tipo molossoide, originária da Ilha de São Miguel. Frequentemente traduzido para o inglês como São Miguel Cattle Dog, Cão de Gado de São Miguel ou Cão de Gado da Ilha de São Miguel. 

Com o povoamento do Arquipélago dos Açores e o início da exploração das condições ótimas das ilhas para a criação de gado bovino, se tornou clara a necessidade da presença de cães para ajudar à condução e defesa do gado. Grandes cães utilizados em gado foram trazidos para a Ilha de São Miguel e contribuíram para o desenvolvimento da raça. Datando do século XVI a primeira referência à sua presença, especificamente na Ilha de São Miguel. 

De acordo com o padrão original da raça, a existência do cão de fila açoriano, tem sido documentada desde o início do século XIX. 

Embora a existência do Cão de Fila de São Miguel, como raça individual, esteja registrada desde o início do século XIX, é apenas em 1982 que é iniciado o seu registro pela iniciativa de António José Amaral com a colaboração de Maria de Fátima Machado Mendes Cabral, médica veterinária, com o objetivo de criar um censo. O primeiro exemplar da raça registrado oficialmente foi a cadela 'Corisca', uma perfeita representante da sua raça, propriedade do Sr Amaral. É também pela iniciativa destas mesmas pessoas que dois anos após o início do registro de indivíduos, é publicado o primeiro estalão oficial. No ano 1984, a raça foi oficialmente aprovada e reconhecida pelo Clube Português de Canicultura, conforme o estalão elaborado pelo Sr Amaral. Em 1995 é proposto à FCI (International Cynological Federation), a homologação da raça, tendo sido finalmente reconhecida no ano de 2008. 

Sua história está ligada a do já extinto “Cão da Ilha Terceira”. Descende dos mastins e alanos inicialmente levados para as ilhas dos Açores pelos primeiros colonos, vindos do continente. Mais tarde, e através do contacto com outros povos que aportavam e se estabeleciam nos Açores, o patrimônio genético da raça foi enriquecido com cruzamentos feitos com mastins ingleses, buldogues e Dogues de Bordeaux, até ao culminar do aparecimento da nova raça, de características morfológicas e temperamentais próprias plenamente definidas. Para além das mencionadas, outras raças raças podem fazer parte da ancestralidade do Fila de São Miguel, como o Cão de Santo Humberto, também conhecido como Bloodhound, e o Dogo Canário, raça espanhola oriunda das Ilhas Canárias, mas está ainda por demonstrar a verdadeira ligação - se existente - entre estas raças e o Fila de São Miguel.


Raça de uma inteligência aguçada, o Cão de Fila de São Miguel, tem muito forte nos genes o instinto de pastor porque durante toda a sua história foi utilizado somente no trabalho e, por isso, esta característica nunca enfraquecera. Este instinto dentro deles é tão forte que um cachorro não precisa ser adestrado a pastorear: fará instintivamente, e aprende, crescendo, a fazer diferentes tarefas, caminhando com o dono nos trabalhos e imitando aos cães maiores. Na sua função, com o gado leiteiro, morde baixo, com o objetivo de não ferir as mamas das vacas. No entanto, pode morder mais alto no caso de se tratar de boiadas fugitivas.

Ainda hoje, seguindo a tradição secular da sua ilha de origem, é utilizado para a guarda e guia de gado bovino leiteiro. Cão pastor por tradição e excelência, a sua aptidão natural para o gado bovino pode, com o devido treino, ser canalizada para a guarda de cavalos e outros ruminantes de menor porte como ovelhas e cabras. Quando não canalizado para a pastorícia, o Cão de Fila de São Miguel já deu provas da sua aptidão para a caça grossa, como a do javali e do veado. O cão de fila de S. Miguel não se esquiva nem de um animal de manada grande ou irascível, e em caso de necessidade o seu estilo de pastorear é agressivo e audaz, pois sem esta característica não poderia fazer o seu trabalho. 

A força de carácter aliada a uma desconfiança perante estranhos instintiva a todo o guarda por vocação, pode ser facilmente confundida com agressividade, mas esconde uma índole meiga para com aqueles com quem lida de perto, sem no entanto deixar de ser um guardião tenaz e corajoso de quem o trata. A lealdade à sua família humana é extrema.

Robusto e durão, ele é, antes de tudo, um cão boiadeiro, de temperamento forte para com estranhos, mas dócil com seu dono. É considerado um excelente cão de guarda de propriedade e defesa pessoal. Extremamente firme, trate-se do gado, homens, do terreiro da casa, objetos ou qualquer coisa que considera ser sua. Sob a ameaça de um perigo verdadeiro defende ardentemente e até o fim o que é seu. Sabe distinguir um perigo verdadeiro de uma situação normal e é capaz de agir num abrir e fechar de olhos, guiado pelos seus fortes instintos.

Mais recentemente, o Cão de Fila de São Miguel encontrou lugar nas forças de segurança pública - Polícia de Segurança Pública e Guarda Nacional Republicana - como elemento nas equipes cinotécnicas. Mesmo como animal de companhia, um Cão de Fila de São Miguel deve ter a oportunidade de ter uma tarefa a desempenhar. Um treino consciencioso é sempre um meio simples e eficaz de estreitar a relação entre a família humana e o animal, ao mesmo tempo que proporcionará exercício físico e mental necessários à formação e desenvolvimento de um animal bem equilibrado. No entanto, dadas as características intrínsecas da raça, treinar um exemplar do Cão de Fila de São Miguel, é uma tarefa que se pode demonstrar bastante desafiante para alguém que tenha pouca experiência com cães. 

O cão boiadeiro da Ilha de São Miguel é de traços rústicos, de porte médio, dotada de grande inteligência e poder físico. Os machos têm entre 50 e 60 cm de altura e entre 25 a 35 kg de peso. As fêmeas têm entre 48 e 58 cm de altura e entre 20 a 30 kg de peso.

Orelhas inseridas altas; quando não cortadas, são de tamanho médio, triangulares e pendentes, mas não tocando as bochechas. Normalmente são cortadas com as pontas arredondadas, nos países onde a amputação não é proibida.

Sendo uma raça rústica, possui uma saúde robusta e a expectativa média de vida está calculada em 12 anos.

Padrão Oficial da Raça:



















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